A Bahia se destaca como o estado com a maior concentração de facções criminosas no Brasil, abrigando 17 grupos, sendo 15 de origem local e dois de fora: o Comando Vermelho (CV), do Rio de Janeiro, e o Primeiro Comando da Capital (PCC), de São Paulo. O dado é parte de um levantamento do jornal “O Globo”, que mapeou 64 facções atuando em todas as unidades da federação.
Mapeamento aponta fragmentação no Nordeste
O estudo, realizado com base em informações das secretarias de Segurança Pública, Administração Penitenciária e dos Ministérios Públicos estaduais, revela que, atrás da Bahia, estão Pernambuco (com 12 facções) e Mato Grosso do Sul (com 10).Segundo a reportagem, os estados do Nordeste, como Bahia e Pernambuco, possuem um cenário fragmentado, com muitos grupos locais disputando espaço. Já o Mato Grosso do Sul, apesar de ter menos grupos, é o principal “importador” de facções de outros estados, com nove das 12 facções interestaduais do país atuando em seu território.
O levantamento destaca que o Bonde do Maluco (BDM), de origem baiana, é um dos grupos que se expandiram para o Mato Grosso do Sul. O BDM também criou um núcleo de atividades em Sergipe, estado que faz divisa com a Bahia.
Grupos criminosos na Bahia
O levantamento detalha a atuação das facções no território baiano. A maioria tem atuação restrita a cidades ou regiões específicas, como Juazeiro, Eunápolis e Itabuna.Confira a lista completa de grupos criminosos e suas principais áreas de atuação:
Comando Vermelho (CV) – Rio de Janeiro
Primeiro Comando da Capital (PCC) – São Paulo
Bonde do Maluco (BDM) – Salvador
Primeiro Comando de Eunápolis (PCE) – Eunápolis
Raio A – Itabuna
Raio B – Itabuna
Tropa do KLV – Camaçari
Bonde do Neguinho (BDN) – Vitória da Conquista
Bonde do SAJ – Santo Antônio de Jesus
Honda – Juazeiro
A Tropa – Recôncavo baiano
Campinho (CP) – Porto Seguro
Katiara – Salvador
Mercado do Povo Atitude (MPA) – Porto Seguro
Anjos da Morte (ADM) – Caraíva
Daniel Gomes/Pedro Gerônimo/Maria Pinheiro (DPM) – Itabuna
Mequinho e Kila (MK) – Camaçari
De acordo com o jornal, não há um critério oficial para diferenciar uma facção de uma gangue. Por isso, existe uma dificuldade em precisar se o número de facções no país está aumentando ou diminuindo, especialmente em relação aos grupos menores.